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Política ambiental, Acordo de Paris, Pacto Global de Migração e Ibama estão na mira de Bolsonaro

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O presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), disse, em pronunciamento pelas redes sociais, que pretende propor, via Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), mudanças ao Acordo de Paris. “Se não mudar, sai fora. Porque temos de ficar? É um acordo possivelmente danoso para a nossa soberania”, afirmou.

África 21 Digital com Agência Brasil


 

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, visita o Comando de Operações Táticas da Polícia Federal
               Foto:Jair Bolsonaro/Redes Sociais/Direitos Reservados/ABr

“Muitos [países] estão fora, não assinaram. Por que o Brasil tem de ficar, para ser politicamente correto?”, questionou, quarta-feira (12), nas redes sociais. Segundo ele, o Brasil pode não conseguir cumprir, até 2030, as exigências previstas no Acordo de Paris – e passaria a correr riscos de sofrer “sanções até de força”. “Não conseguiremos reflorestar uma área do tamanho do Rio de Janeiro”, exemplificou.

Bolsonaro voltou a criticar “a indústria de multas abusivas e extorsivas do Ibama” (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), fruto, supostamente, de  “capricho de alguns fiscais”. Ele citou vários exemplos – corte de uma árvore que está caindo, derrame de pouco combustível de trator na terra, pesca feita por pequenos pescadores que recebem multa “inacreditável”. “Não podem continuar agindo desta forma. Política ambiental não pode atrapalhar o desenvolvimento do país”, disse, defendendo a rápida concessão de licenças ambientais. “Isso atrapalha prefeitos, impede que se abra e até se faça manutenção de estrada, principalmente na Amazônia”, referiu. “Vamos acabar com isso. Se precisar de nova lei, iremos ao Parlamento”, afirmou.

Jair Bolsonaro também criticou o Pacto Global de Migração, assinado recentemente pelo governo brasileiro. “Todos somos migrantes no Brasil, mas não podemos escancarar as portas para [todo mundo] vir numa boa.” Segundo ele, é preciso ter cautela com a “cultura totalmente diferente da nossa”. E deu o seguinte exemplo: “Chegar aqui e querer casar com crianças de 11 anos”. “Não podemos admitir certo tipo de gente que venha para o Brasil desrespeitando nossa cultura e nossa religião”, resumiu.

Ele passou então a falar sobre Roraima. “Olha Roraima. Se fosse rei de Roraima, com tecnologia, eu, em 20 anos, teria economia igual ao do Japão”, previu. O presidente eleito disse que conhece o estado, que é uma terra repleta de minerais – “tem toda a tabela periódica ali” – e que conversou com os indígenas locais. Ele defendeu a “integração dos mesmos à sociedade”. Segundo Bolsonaro, os índios querem o mesmo que todo brasileiro. “Não queremos que fiquem atrapalhando o desenvolvimento da nação. Os índios podem receber royalties pela energia elétrica e pela mineração”, sugeriu. “Por que eles têm de ser tratados como se estivessem na idade da pedra?”.

Ainda se referindo a Roraima, afirmou: “Temos como mexer naqueles pedaços de terra mais ricos do mundo”. “Como pode uma terra rica daquela ter que ficar pedindo dinheiro para União? Era para Roraima dar dinheiro pra União!”, completou.

Bolsonaro terminou sua transmissão ao vivo dizendo que escolheu seus ministérios sem interferência politica. Comentou, por fim, o caso do ex-assessor de seu filho, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).  “Temos problema com um ex-assessor nosso, do Flávio, com movimentação atípica. Vai ser ouvido na semana que vem. (…) Que paguemos a conta, se algo estiver errado comigo ou com meu filho, mas nós não somos investigados”, destacou.

“Dói no coração da gente, porque defendemos o mais firme combate à corrupção. E usaremos o próprio Coaf para combater isso”, prometeu. Bolsonaro informou que repetirá semanalmente este contato para prestar contas de seu trabalho em Brasília. “O Brasil é nosso. Muito obrigado”.


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Escrito por: África 21 Digital

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