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New York Times considera que Portugal terá décadas de austeridade pela frente

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Para o New York Times, os efeitos da austeridade vão perdurar e Portugal ainda enfrenta muitos desafios, sendo a redução da dívida um dos principais.

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New York Times considera que Portugal terá décadas de austeridade pela frente

Para o New York Times, os efeitos da austeridade vão perdurar e Portugal ainda enfrenta muitos desafios, sendo a redução da dívida um dos principais.

Lisboa – O fim da intervenção direta da troika, constituída pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional em Portugal – os credores internacionais da operação de resgate financeiro ao país -, é tema de reportagem publicada terça-feira (6) no New York Times.

O jornal norte-americano considera que apesar do alívio de alguns indicadores, os efeitos da austeridade vão perdurar e a redução da dívida pública é um dos principais desafios que Portugal tem pela frente.

A reportagem é publicada dois dias depois do governo do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho (PSD) ter anunciado que Portugal conclui a assistência da troika e não vai pedir qualquer nova ajuda financeira ou programa cautelar.

O jornal norte-americano, citado pelo Negócios Online, escreve que a austeridade em Portugal reflectiu-se em profundos cortes nos salários da função pública, na descida de pensões e subsídios e na redução de orçamentos em ministérios que deveriam ser “invioláveis” como o da Educação.

A “dor” da austeridade chegou mais perto de cada cidadão através do aumento dos impostos sobre rendimento, o aumento do IVA e a redução de comparticipações médicas, por exemplo.

O jornal assinala, contudo, que Portugal terá de continuar a cumprir “severos compromissos” para retomar o crescimento de uma economia fraca.

O News York Times refere que o país não foi assolado por um “boom” na construção como se deu em Espanha ou na Irlanda, nem a confiança nas contas do Governo foi posta em causa como aconteceu na Grécia, onde o programa de resgate ainda está em execução e a supervisão dos credores internacionais é intensa. Em vez disso, Portugal sofreu o que disse o ex-ministro das Finanças, Vítor Gaspar, “uma queda sem ter tido uma subida”.

O maior desafio para Portugal, segundo o jornal,  é controlar a dívida pública, que aumentou cerca de um terço, para 276 mil milhões de euros, 129% do produto interno bruto, sendo que no fim de 2010 representava 94%.

Portugal irá enfrentar, segundo o jornal norte-americano, citado pelo Negócios, uma recuperação lenta, mas sustentada. O país deixa formalmente o programa de resgate, mas necessita de décadas para pagar os mais de 700 mil milhões (700 bilhões) de euros acumulados em dívidas pública e privada.


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Escrito por: África 21 Digital

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